quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Estrutura dos campi

O Ensino Básico tem seu início na Educação Infantil e esta precede o Ensino Fundamental. Segmento este ministrado nos campi I do Colégio Pedro II e com reconhecida excelência pela sociedade fluminense.

Sendo assim, sabemos que a estrutura física destes campi deve acompanhar a excelência de seu funcionamento orgânico. Portanto, o Colégio Pedro II dará início à construção do novo Campus Humaitá I dentro do melhor padrão arquitetônico e das especificações técnicas de segurança.

Será este campus o primeiro a ser legalizado com todas as exigências do poder municipal cumpridas pelo CPII, pronto, então, para receber o necessário “habite-se”.

Valeu, e muito, a atitude dos moradores da Rua João Afonso, 56, ao denunciarem o início da obra.  Aprendemos a legalizar uma obra e descobrimos que os demais prédios do Colégio Pedro II não estavam ­­­­­legalizados e  todos serão.

Recebemos por doação da Superintendência do Patrimônio da União um terreno na Rua oito de Dezembro, onde ergueremos o novo Campus Tijuca I. Já possuímos o projeto arquitetônico e iniciaremos até outubro de 2014 o processo licitatório devido.

Também, da mesma forma, iniciamos os tratativos para reforma geral do Campus São Cristóvão I e se houver aprovação da comunidade interna do campus, estaremos prontos para iniciar esta reforma, ainda, em dezembro de 2014.

Enfim, em um espaço de tempo compreendido em 24 meses, o Colégio Pedro II poderá apresentar à sociedade fluminense, espaços físicos, nestes campi escolares, concernentes com sua tradição e excelência.

ENSINO MÉDIO: Um olhar para o futuro

Em breve, o Colégio Pedro II terá de reestruturar o seu Ensino Médio e diferentes possibilidades deverão ser ofertadas, conforme a vocação e o interesse do estudante.
Será necessário cortarmos as amarras frágeis que nos prendem a ideia de que a sustentação do processo ensino-aprendizagem é obtida somente com a administração rígida dos conteúdos, muitas vezes eivados de questões abstratas.
Ainda, diferentemente de outros sistemas públicos de ensino que ministram este segmento do ensino básico onde a evasão de estudantes é alarmante, no Colégio Pedro II, as taxas de permanência permanecem em patamar de excelência.
Em uma análise preliminar, entende-se que o Ensino Médio, atualmente estruturado, não está conseguindo atrair nem manter os estudantes até a conclusão deste segmento.
O Ensino Médio não pode ser reduzido ao espaço de preparação para as Universidades. Ele é a etapa final do ensino básico e deve gerar ferramentas que colaborem com uma vida de melhor qualidade e acesso ao mercado de trabalho. O acesso às Universidades é mais uma possibilidade e não a única. E ele será natural se a escola básica conseguir ser um espaço de crescimento não só intelectual, mas humano e justo tornando todos capacitados para ler, entender e interpretar dados e assim, prontos para se manter em desenvolvimento.
E este é o momento, porquanto iniciamos a construção coletiva do nosso Plano Político Pedagógico, da mais que sesquicentenária instituição de ensino básico do país, com as portas abertas para a criação de novas metodologias e estratégias e assim, prontos estamos, para contribuir com o sistema público de ensino nacional.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

O velho novo Colégio Pedro II (Parte I)

Para se inserir na sociedade civil com uma gestão democrática e participativa, o Colégio Pedro II deverá experimentar uma nova estrutura organizativa que sustente o enfrentamento dos desafios contemporâneos do ensino básico no país.

Reconhecido como uma instituição geradora e difusora do conhecimento, é inerente ao Colégio Pedro II o zele pela formação de seus servidores por meio do ensino de pós-graduação e pela geração do saber através do incentivo à pesquisa.

O Colégio deverá ainda estimular e atuar em programas de extensão com a finalidade de obter maior integração com a sociedade, através da adoção de programas sociais ou de estímulo à aprendizagem, conciliado à aquisição, transmissão e troca de conhecimentos, repassando know-how à sociedade ou trabalhando de forma a gerar conhecimentos capazes de solucionar problemas específicos. A extensão é parte do processo educacional, cultural e científico que se articula ao ensino e à pesquisa de forma indissociável.

A visão estratégica do Colégio Pedro II deverá valorizar o seu papel de escola pública, gratuita, democrática, inclusiva e cidadã, dentro dos princípios sociais do processo civilizatório e da vida democrática, em que se situam a solidariedade, a cooperação, a justiça, a igualdade, o direito à dignidade e o respeito à pluralidade étnica, racial e cultural.

Dadas as profundas transformações dos anseios dos jovens brasileiros e de sua relação com a escola, é importante que sejam revistos os princípios e estratégias do nosso Plano Político Pedagógico, a diversificação dos tipos e modalidades de cursos que ministramos, os formatos de estruturas administrativas, acadêmicas e de gestão, a difusão da cultura da avaliação e a atração de investimentos para a geração de conhecimento.

É nosso dever verificar e contribuir para o aumento da aprovação do número de estudantes oriundos das redes públicas de ensino em nossos concursos de seleção de novos alunos. Reverter o crescimento gradativo do número de vagas não preenchidas por candidatos da rede pública é outro desafio do Colégio. Com isso. deixaremos de ser uma escola que majoritariamente dá continuidade aos estudos de alunos oriundos de escolas privadas.

Por outro lado, no que tange às atividades de pesquisa, os dados internos não têm se mostrado coerentes com o potencial intelectual de nossos servidores docentes e técnicos, caracterizando-se como potencialidade não explorada.
Foco também deverá existir no comportamento orçamentário. Nos últimos anos, evidenciou-se um exagerado volume de recursos destinados às obras físicas sem uma coerente ordem de necessidade, extremamente inferior ao fomento dos cursos ofertados, implantação de novas tecnologias educacionais e recursos paradidáticos e apoio a projetos a serem desenvolvidos.

O velho novo Colégio Pedro II (Parte II)

É fundamental que o planejamento orçamentário e financeiro contemple a otimização das ações didático-pedagógicas do Colégio Pedro II, o que fortalecerá os argumentos quanto à necessidade de definição de uma opção estratégica mais concisa para o Colégio, garantindo assim desempenho o que trará resultados positivos à comunidade, através de significativo investimento e aporte de recursos à sua atividade-fim.

O Colégio Pedro II deverá, também, implementar medidas internas com relação à redução de custos, melhoria da qualidade dos gastos, eficiência, eficácia, efetividade e produtividade na aplicação dos recursos públicos.

Caberá ainda ao Colégio identificar aspectos e princípios que o futuro exigirá da nossa instituição e que se constituem temas bastante eleitos em debates: avaliação dos cursos de Ensino Médio Integrado e Proeja existentes, buscando a construção de novos formatos curriculares; pós-graduação focada em áreas do conhecimento de interesse do Colégio; foco na geração do conhecimento em pesquisas, utilizando metodologias criativas e inovadoras; maior descentralização de atribuições acadêmicas, administrativas e financeiras nos campi; ênfase na capacitação de variados segmentos do corpo funcional; projeção de metas visando um modelo de instituição do futuro; promoção de uma reforma na estrutura da gestão administrativa; otimização dos recursos orçamentários e financeiros; e início do debate acerca da implantação do processo integral de ensino.

Para garantir uma gestão institucional eficiente no atual modelo multicampi e na busca pela qualidade, devemos ter como metas uma estrutura coesa e pessoal estimulado. No primeiro caso, há que se requerer uma nova institucionalidade a partir de uma gestão pública, flexível, democrática, participativa e de qualidade, com descentralização administrativa e financeira.

Para tanto, o Colégio Pedro II deve buscar articulações e parcerias com os diversos setores, ou seja, com o primeiro setor (governo), segundo setor (mercado) e terceiro setor (sociedade civil), sem perda da sua autonomia, com o objetivo de encontrar respostas aos desafios institucionais, políticos e sociais.

CPII: Uma Escola democrática

Uma das primeiras iniciativas da atual Reitoria foi a inserção de aulas de reforço escolar para alunos que não atingiram o rendimento desejado. Movida por estatísticas alarmantes, entendeu ser fundamental garantir o direito inalienável dos alunos de terem a real oportunidade de recuperação dos conteúdos. Passados dez meses de gestão, vemos essa ação se cristalizando para tornar-se, em 2015, cotidiana em nossos campi.

Essa tentativa de propiciar oportunidades de aprendizado para todos os alunos é, de certo, uma das mais puras formas democráticas de gestão de uma escola e um dos artigos pétreos da Lei nº 9394/96.

A não emissão de listas de material escolar coletivo (naquilo que concerne a nossa instituição) teve como escopo resguardar a responsabilidade do Colégio Pedro II frente à utilização dos recursos orçamentários. A determinação para a não cobrança de emolumentos e outras arrecadações pecuniárias, em eventos culturais e festas folclóricas, visa impedir que as famílias dos alunos não sofram nenhum tipo de constrangimento. É a Lei que retrata em seu teor da essência democrática o tratamento igualitário e o respeito pelas condições materiais de cada indivíduo.

A institucionalização do Laboratório de Metodologia e Ensino de História, do Centro de Documentação e Memória Histórica e de núcleos como o de Estudos Afro-Brasileiros; de Pesquisas Audiovisuais em Geografia; Transdisciplinar de Humanidades; e de Educação Científica – todos propostos por docentes-, tem a finalidade de cooperar com a estruturação do tripé indissociável: Ensino, Pesquisa e Extensão. Como resultado dessa preocupação poderemos disponibilizar já em 2015 bolsas de iniciação científica para os alunos participantes de projetos de pesquisa.

Essa estruturação certamente estará na reforma do nosso Projeto Político Pedagógico e, por extensão, no texto do Regimento Geral do Colégio Pedro II, aliás, ambos construídos pela comunidade escolar.

Enfim, somos uma instituição de ensino que respeita todas as posições e que garante o direito de todos, mesmo que requerido por uma minoria. Foi assim quando a Reitoria não homologou a suspensão do calendário de aulas por ocasião da última greve e desagradou a muitos, mas foi uma decisão democrática.